Na última quinta-feira a Fundação
Regina Cunha recebeu a visita da Dra. Luciene Fernandes, chefe do departamento
de Baixa Visão do Hospital São Geraldo - BH e da Psicopedagoga Lucyjane que faz
parte da Fundação Altino Ventura.
LUCYJANE (Psicopedagoga), LUCIANA (Oftalmologista), LUCIENE FERNANDES (Oftalmologista), BÁRBARA ANDRADE (Psicóloga) e ÂNGELA (Fisioterapeuta). |
Na oportunidade as profissionais
ministraram um treinamento no auditório do Hospital de Olhos Ruy Cunha para
agentes de saúde do município de Itabuna, para que estes pudessem dentro das
comunidades detectar pacientes com Baixa Visão. Houve neste mesmo local uma
aula para médicos e médicos residentes do hospital de Olhos Ruy Cunha (DAYHORC), alguns médicos do hospital de Olhos Beira Rio e
equipe da Fundação Regina Cunha (FURC), onde as profissionais abordaram "Baixa Visão
e qualidade de vida."
A Doutora Luciene trouxe informações
importantes acerca da Baixa Visão como:
- Crianças com Baixa Visão têm atraso no desenvolvimento neuropsicomotor por isso é importante o acompanhamento de um médico oftalmologista, por fisioterapeuta, psicólogo, psicopedagogo para estimular o desenvolvimento visual, cognitivo e neural;
- De 50% a 75% de crianças (0 a 15 anos) a baixa visão é evitável;
É importante salientar que crianças
com Baixa Visão não conseguem acompanhar o objeto que lhe é oferecido. Por isso
é importante acompanhar o desenvolvimento das crianças. Em alguns casos quando
a criança não responde ao estímulo da mãe é diagnosticada erroneamente como
Autismo, porém a mesma não responde por conta da deficiência Visual (baixa
visão ou cegueira).
A Doutora salienta ainda que a
estimulação visual deve proporcionar experiências ricas e variadas para o
desenvolvimento da criança.
A mesma cita alguns dos sintomas e dificuldades psicossociais que as pessoas com Baixa Visão passam:
- Perda de habilidades como: ler, dirigir, trabalhar, reconhecer pessoas;
- Psicológicas: depressão, perda da autoestima, independência, isolamento social, alucinações (estas não são alucinações psicóticas e sim visuais, conforme a Síndrome de Charles Bornier - SCB), pânico, agressividade;
- Físicas: risco de acidentes, quedas, fraturas, troca de medicação, etc.;
- Sociais: falta de oportunidades econômicas, sociais, perda de produtividade, perda de salário.
O sucesso da reabilitação visual só
ocorre com a total participação e colaboração do médico, paciente e familiares.
A médica ressalvou que o trabalho do
Psicólogo é de fundamental importância, pois estes pacientes passam por luto
(perda total ou parcial da visão), falta de autonomia, além dos agravos
psicológicos supracitados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário